'Não importa top ou burca': mulheres falam de assédio em treinos



Perfil no Instagram fala sobre assédio que corredoras sofrem nas ruas: "Ouvia várias cantadas e assobios", diz Giseli Trento, criadora da conta Atletas relatam histórias constrangedoras: "Quando me aproximei, ele mostrou o pênis e começou a se masturbar"

G1



Criado há dois meses pela professora Giseli Trento, o perfil do Instagram @soquerotreinar vem ganhando a cada dia mais seguidoras. Isso porque a conta não dá apenas dicas para quem deseja começar a correr, mas também aborda um tema muito recorrente na vida de várias atletas: assédio sexual. "A ideia surgiu durante os treinos de preparação para uma meia maratona. No 'longão' geralmente saía muito cedo e sozinha. Durante o trajeto ouvia várias cantadas, assobios, buzinas e olhares que me incomodavam muito. E pensava: ‘mas eu só quero treinar. Preciso fazer algo para combater o assédio.’ Em conversa com minha cunhada Tássia Búrigo, também corredora, veio a ideia de criar um Instagram sobre este assunto", explica Gisele à Glamour.

Nos posts publicados, várias corredoras relatam histórias constrangedoras. "Eu estava indo pra academia na minha bike tranquilamente mais ou menos às 6h30. Um motociclista passou bem pertinho e me deu um tapão na minha bunda dizendo: 'gostosa!'... Depois desse dia nunca mais tive coragem de ir tão cedo pra academia ou passar por ruas silenciosas", disse Giselle Ferreira Veras, de Goiânia.
Um dos relatos de assédio (Foto: Reprodução/Instagram)

Em outra situação, Karla Silva, de Florianópolis, contou que se deparou com com uma cena nojenta. "Quando me aproximei ele mostrou o pênis e começou a se masturbar. Passei por isso em pleno dia de sol, na Beiramar, às 17h30 em frente ao prédio da Polícia Federal!
Por isso digo que não tem hora, nem lugar, não importa se estamos de top ou de burca..."
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